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Chegou a hora: é o seu dia de ir ao posto tomar a vacina contra a Covid-19, mas você tem dúvidas sobre qual delas é a melhor. Afinal, naquele grupo no celular, as pessoas te disseram para tomar essa, aquela, ou talvez aquela outra. E agora, José?
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Não tema. O G1 ouviu 6 especialistas e eles foram unânimes: você não deve escolher agora qual vacina tomar. Há pouquíssimas exceções a essa regra (pessoas que não podem tomar uma vacina específica por um motivo específico, como um problema de saúde).
Em resumo, é muito melhor tomar qualquer vacina disponível do que ficar vulnerável à Covid-19. E, ao se vacinar, você ajuda a aumentar a cobertura vacinal, que é o mais importante neste momento.
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Abaixo, veja 5 razões que mostram por que você não deve escolher vacina:
1) É urgente ter imunidade individual contra a Covid
Todas as 3 vacinas aplicadas no Brasil contra a Covid-19 são capazes de proteger de casos graves e de morte pela doença. Isso já foi demonstrado tanto em ensaios clínicos (quando os cientistas medem a eficácia de uma vacina) quanto na "vida real" (quando a efetividade da vacina é constatada).
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Sim, é verdade que as vacinas têm eficácias diferentes (em estudos que foram conduzidos de forma distintas e nem sempre são comparáveis). Mas a prioridade, neste momento, não é dar a vacina de maior eficácia a todos ou escolher a própria vacina, defende a epidemiologista Carla Domingues, que coordenou o Programa Nacional de Imunizações (PNI) de 2011 a 2019.
"As pessoas têm que entender que é exatamente isso: as vacinas, todas elas, têm eficácias diferentes no nível individual. Quando a gente olha o nível coletivo, todas elas têm uma elevada eficácia para diminuição de gravidade, internação e óbito. Que é o nosso objetivo agora", lembra Domingues.
Veja, abaixo, exemplos que ilustram como a vacinação é um pacto coletivo:
CoronaVac
Nos ensaios clínicos finais, a CoronaVac teve uma eficácia de 62,3% contra casos sintomáticos de Covid-19, quando aplicada com mais de 21 dias entre uma dose e outra.
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Ela também evitou 83,7% dos casos que precisaram de atendimento médico, mesmo dos mais simples, e preveniu que houvesse internações ou mortes por casos moderados ou graves de Covid-19.
Na "vida real", a vacinação no Chile mostrou que a Coronavac teve 80% de efetividade contra mortes por Covid e de 89% contra casos graves. A vacina também evitou casos e mortes no Uruguai.
No Brasil, o estudo em Serrana (SP) mostrou uma queda de 80% nos casos sintomáticos da doença quando cerca de 96% da população recebeu a CoronaVac. As hospitalizações caíram cerca de 86%.
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AstraZeneca/Oxford
Nos ensaios clínicos, a vacina de Oxford/AstraZeneca teve eficácia de 76% contra casos sintomáticos e de 100% contra casos graves. Mais tarde, os cientistas descobriram que, se o intervalo entre as doses fosse ampliado para 3 meses, a vacina tinha uma eficácia ainda maior.
Ela também é capaz de fornecer uma boa proteção apenas com uma dose, mas é necessário tomar as duas.
Na "vida real", a vacina conseguiu reduzir o risco de internação por Covid-19 em até 94% na Escócia. Também há estudos apontando que a vacina pode reduzir a transmissão do vírus, além da doença.
Pfizer
Nos ensaios clínicos, a vacina da Pfizer teve a maior eficácia: conseguiu 95%. Na "vida real", também teve efetividade similar em alguns estudos, como em um feito em Israel. Também há estudos apontando que ela é capaz de impedir a transmissão da Covid-19, e não só um quadro de doença.
Janssen/Johnson
A vacina do laboratório Janssen, do grupo Johnson & Johnson, foi aprovada para uso emergencial no Brasil e chegou ao país nesta terça (22).
Nos ensaios clínicos, o imunizante, o único de apenas uma dose, teve eficácia de 66% contra casos sintomáticos e 85% contra casos graves de Covid-19.
Ainda não há levantamentos de efetividade da vacina na "vida real". Até agora, ela foi aprovada para uso emergencial nos Estados Unidos, no Canadá, no Reino Unido, União Europeia e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mas só começou a ser aplicada depois de outras vacinas – como a de Oxford/AstraZeneca, da Pfizer e da Moderna.
Leia reportagem completa direto do G1