Brasil
Crise de Wesley Safadão que o fez suspender carreira serve de alerta a todo homem que precisa de ajuda
Preconceito leva o ‘macho’ brasileiro a sofrer calado e o coloca no topo do ranking de suicíddios

Publicado em 04/09/2023 20:03

Foto/Reprodução


Do Terra - Com 34 anos e duas décadas de carreira, Wesley Safadão acatou ordem médica para interromper a carreira por tempo indeterminado. Ele tem sofrido crises de ansiedade. 

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O cantor acerta ao priorizar a saúde mental. Deve aproveitar o privilégio de ter autonomia e recursos para se afastar do trabalho a fim de se tratar. 

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Ao revelar o problema, ele presta um serviço à sociedade, especialmente aos homens que compõem 48,9% da população brasileira. 

Vivemos pressionados pelo machismo e o estigma de que homem não pode chorar. Demostrar algum tipo de fragilidade, seja física ou emocional, gera críticas e até dúvidas a respeito da masculinidade. 

Essa crueldade resulta em autonegligência. A maioria dos brasileiros com algum sintoma de transtorno ou doença mental – como estresse, ansiedade e depressão – sofre calada, com medo ou vergonha de pedir socorro. 

A consequência é trágica: os homens representam 75% dos suicídios no país. Alguns famosos entraram para a triste estatística. Entre eles, os atores Walmor Chagas e Flávio Migliaccio, casos que ressaltam a solidão e outras dificuldades impostas pela velhice. 

O número geral de pessoas que provocam a própria morte no Brasil subiu 11,8% entre 2021 e 2022, segundo o Anuário de Segurança Pública. 

No ano passado, foram 16.262 casos, média de 44 por dia. Vendido como a terra das pessoas felizes, o Brasil está entre os países com mais suicídios. O tema precisa ser conversado em casa, na escola, no trabalho, entre amigos. 

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Assim como Wesley Safadão, outros cantores precisaram de acompanhamento médico para superar uma crise emocional. 

"Era uma sensação de morte”, resumiu Lucas Lucco ao relembrar o que passou. “Sempre fingi que não tinha”, revelou Fiuk ao relatar a ansiedade e o quadro depressivo que o fizeram se trancar no quarto por longo período. 

Quem está em sofrimento mental e com pensamentos suicidas deve procurar ajuda com um profissional de saúde mental, como psiquiatra, psicólogo ou terapeuta. 

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Em caso de urgência, pode ligar gratuitamente para 188, onde voluntários do CVV (Centro de Valorização da Vida) estão disponíveis para ouvir, conversar e aconselhar.


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