Foto/Reprodução
Do G1 - A camareira Débora Barros dos Santos, de 26 anos, suspeita de fingir ter leucemia para aplicar golpes, disse à polícia que foi diagnosticada com a doença, mesmo sem laudos que comprovem. Segundo o delegado Tibério Cardoso, a jovem arrecadou mais de R$ 27 mil via PIX e cerca de R$ 4 mil em dinheiro e admitiu que seriam para pagar o suposto tratamento, em Pirenópolis, no Entorno do Distrito Federal.
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“Ela alega que ‘na cabeça dela’ foi diagnosticada com leucemia, embora não tenha nenhum laudo médico que ateste isso. Por fim, ela alega que não sente mais sintomas da doença depois que voltou para o Maranhão”, disse Tibério.
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O g1 tentou contato com Débora e o pai dela para pedir um posicionamento às 15h30 desta segunda-feira (27), mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
Ainda segundo o delegado, a camareira insistiu que passou por tratamento de quimioterapia no Hospital Araújo Jorge, em Goiânia. Ao g1, o hospital informou que Débora nunca foi paciente na unidade. A jovem prestou depoimento na cidade de Pio XII, no Maranhão, cidade em que ela está desde o fim de janeiro deste ano.
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Tibério pontuou que o inquérito policial deve ser finalizado nos próximos dias e a jovem pode ser indiciada por estelionato, com causa de aumento em razão do crime continuado contra várias vítimas. Sobre o destino do dinheiro, a camareira frisou que usou para comprar medicamentos, mas a investigação indicou o contrário.
“Ela usava pra comprar roupas, perfumes e correlatos”, disse.
O outro lado
Na última semana de dezembro, o pai de Débora falou que a filha foi usada por outra mulher que teria dito que a jovem tinha câncer. A família, que é do Maranhão, contou que essa mulher apareceu na vida de Débora 4 meses antes das doações de dinheiro.
“Ela forjou essa doença, eu acho que ela dopava a minha filha e inventava que esses remédios eram caros. A mulher pegava o dinheiro para comprar os remédios”, narrou.
Conforme o depoimento, Débora insistiu na versão de que essa amiga existe, mesmo sem confirmação da polícia.
“Ela insiste em dizer também que a amiga existe, e que ela a acompanhou durante todo o tratamento, porém perdeu o contato com ela e não conhece mais ninguém que tenha esse contato”, falou Tibério.