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Jovem morta na Bahia protagonizou clipe com 1,7 milhão de visualizações
Kezia Stefany, 21, aparece em 'Na Cocheira', do cantor Dong Boy, que lamentou feminicídio: 'triste demais'

Publicado em 18/10/2021 11:34

Kezia Stefany ao lado do cantor Dong Boy, em clipe lançado no ano passado (Foto: Reprodução)


Do CORREIO - Assassinada pelo namorado em um condomínio de alto padrão em Salvador, na madrugada deste domingo (17), Kezia Stefany da Silva Ribeiro, 21 anos, era uma jovem que gostava de curtir a vida, e demonstrar isso nas redes sociais. Nas postagens, era comum exibir momentos de lazer, como na tarde de sábado (16), horas antes de ser baleada dentro de um apartamento do condomínio Terrazzo Rio Vermelho, no bairro do Rio Vermelho. 

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O dia tranquilo que passou na piscina, de frente para a Praia do Buracão, tomando drinks, terminou em tragédia, com a jovem sendo carregada pelo namorado, o advogado criminalista José Luiz de Britto Meira Júnior, para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde ela veio a falecer. O suspeito do crime está preso.

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Em agosto, Kezia também havia postado vídeo no mesmo local, bebendo champanhe – na gravação, acabou visualizada por uns poucos seguidores que tinha em uma das contas que manteve no Instagram. Cerca de dois anos antes, no entanto, participou da gravação de um vídeo clipe que a fez ser notada por pelo menos 1,7 milhão de internautas.

Ela protagoniza o clipe da música ‘Na Cocheira’, do cantor Dong Boy, lançado em janeiro do ano passado. 

 

“Para mim foi uma notícia muito triste. Eu conheci Kezia através do clipe. Uma colega dela que me passou o contato, e ela se disponibilizou para ser a protagonista. E foi muito massa porque deu muita visualização, então, eu estou triste demais. Arrasado com isso”, afirmou Dong Boy, que é natural de Irecê, mas conheceu a jovem em Feira de Santana, onde mora atualmente.

Arrastada pelo corredor


Moradores do condomínio Terrazzo Rio Vermelho relataram terem ouvido gritos vindos do apartamento onde mora o advogado José Luiz de Britto Meira Júnior, ex-namorado da jovem. Em denúncia feita à polícia, ainda durante a madrugada, contaram ter visualizado um homem arrastando uma mulher desacordada pelos corredores, deixando um rastro de sangue no caminho. 

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Foto/Reprodução

Antes disso, houve disparo de arma de fogo no local, ainda conforme relatos das testemunhas, feito por volta das 3h45.

No início da manhã deste domingo (17), logo após a madrugada do crime, moradores do Terrazzo Rio Vermelho que saíram para caminhar ou passear com o cachorro disseram ao CORREIO não terem ouvido nenhum barulho de disparo ou gritos com pedidos de socorro.

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No Terrazzo, funcionários confirmaram que algo estranho aconteceu durante a madrugada, mas foram orientados a não comentar nada sobre o caso. 

Em edifícios vizinhos, também pela manhã, moradores recebiam informações em grupos de WhatsApp e já conheciam a identidade do suspeito.

Localizado na Rua Barro Vermelho, o condomínio é uma construção à beira-mar, com vista e saída para a badalada Praia do Buracão. O prédio possui segurança 24h, piscina, salão de jogos, spa fitness com jacuzzi, sauna e outros espaços de serviço e lazer.

Meira Júnior é advogado especializado na área criminal e membro da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Bahia (OAB-BA). Ele e Kezia mantinham um relacionamento há dois anos, segundo a Polícia Civil. 

Defesa fala em tiro acidental


Em entrevista ao CORREIO, o advogado Domingos Arjones, que representa José Luiz de Britto Meira Júnior, disse que o suspeito tinha uma vida tranquila, sem histórico de episódios de violência, principalmente contra a mulher. “Eu fui colega dele. Estudamos juntos na Universidade Católica e nunca houve nada que pudesse dar a entender que ele estaria envolvido numa situação dessa”, declarou. 

Segundo Arjones, o tiro disparado foi acidental. “Ele disse que estavam tendo uma discussão de casal quando ela teria pegado a arma. Ele foi tentar tirar da mão dela e, no momento da confusão, a arma disparou”, explica. O casal namorava há cerca de dois anos. Na briga, ainda segundo o advogado, o rapaz também foi ferido, mas não por arma de fogo, que ele tem porte e está legalizada. 

“Ele a levou para o HGE no carro de sua irmã. O pessoal pediu para ele estacionar o carro e, como estava de bermuda e sem documentos, foi para a casa da irmã. A polícia chegou lá no momento em que ele estava tomando banho para ir se apresentar na delegacia”, afirmou Arjones.


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