Foto/Reprodução
Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) documentaram a primeira observação de canib4lismo entre serpentes do tipo Thamnodynastes Phoenix, no bioma Caatinga. O registro aconteceu em 28 de junho do ano passado, no município de Natuba, no Agreste da Paraíba, entre dois machos adultos.
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A pesquisa, publicada em 7 de abril, na revista austríaca Herpetozoa, foi desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Monitoramento Ambiental do Centro de Ciências Aplicadas e Educação (CCAE) da UFPB, em Rio Tinto, no Litoral Norte, pelos pesquisadores Frederico França, Mayara Morais, Paula Araújo e Renato Costa.
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Essa espécie de serpente é conhecida na região como “cobra rainha” ou “cobra espada” e se alimenta principalmente de sapos.
O estudo sugere que o caniba4alismo possa ser influenciado pela falta de recursos causados por condições abióticas extremas e pelos hábitos oportunistas da espécie.
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Conforme a pesquisa, esse comportamento pode ser considerado uma estratégia para controle demográfico ou uma resposta à fome e ao estresse pelas condições naturais. Além disso, o registro foi feito em um habitat considerado o mais seco e com a menor taxa de precipitação do bioma Caatinga, o que leva ao estresse, escassez e imprevisibilidade de recursos.
De acordo com um dos pesquisadores, o professor Frederico França, a descoberta fornece um acréscimo importante ao conhecimento das relações predador-presa, principalmente no aspecto ecológico, considerando a escassez de dados sobre a dieta de serpentes das regiões semiáridas do Brasil e particularmente do gênero Thamnodynastes.