Brasil
‘Que essa monstra vá a júri popular’, diz mãe sobre comprovação de envenenamento da filha; madrasta é suspeita

Publicado em 06/07/2022 12:07 - Atualizado em 06/07/2022 12:07

Jane Cabral e a filha morta


Do G1 - "Graças a Deus”. Foi com essa expressão e muito choro que Jane Cabral reagiu ao saber que análises feitas após a exumação do corpo da filha, Fernanda Cabral, de 22 anos, mostraram que a jovem foi mesmo vítima de envenenamento por parte da madrasta Cíntia Mariano.

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“É uma sensação de alívio muito grande. Tinha muito medo que não se fizesse justiça, que essa monstra conseguisse escapar. Sei que ela ficaria presa pelo que fez com o Bruno, mas quero justiça pela Fernanda também. Sei que nada vai trazer minha filha de volta, mas quero que essa monstra vá a júri popular”, disse bastante emocionada.

Ao saber que parte da comprovação do envenenamento de Fernanda veio a partir de cruzamento de informações obtidas no prontuário médico da estudante, Jane lembrou do atendimento da filha e contou que os médicos descartaram essa hipótese.

“No segundo dia de internação da Fernanda, eu perguntei a um médico se não poderia ser envenenamento, mas ele disse que não, que isso tinha sido descartado no exame toxicológico feito nela. Mas depois me disseram que esse exame nem é feito no Albert Schweitzer. Mentiram para mim ou tiveram uma conduta negligente, displicente”, diz Jane, que aguarda agora a conclusão do inquérito que está na 33ª DP (Realengo) e a transformação do mesmo em denúncia pelo Ministério Público.

g1 questionou a Secretária Municipal de Saúde sobre a conduta adotada no tratamento da estudante Fernanda Cabral, que respondeu que a jovem recebeu todos os cuidados para salvar sua vida.

“Fernanda recebeu todos os cuidados na tentativa de salvar sua vida, sendo internada em UTI, porém não resistiu. Não houve, na entrada ou durante o período de internação, qualquer relato da família que pudesse levar à hipótese de causa externa suspeita ou violenta. O óbito foi notificado no sistema do Ministério da Saúde, como protocolo para as circunstâncias até então conhecidas”, informou a SMS, sem, no entanto, confirmar se a unidade faz ou não exame toxicológico e se o mesmo foi realizado em Fernanda.

 

“A investigação sobre os fatos, assim como os exames específicos que cabem à investigação e a determinação para que um corpo seja enviado ao IML são de competência da polícia”, disse.

 

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“Muita coisa passa na cabeça nesse momento. Mas só quero que essa monstra vá a júri popular, que pegue pena máxima. Minha filha era só amor e alegria, não merecia uma coisa dessas”, diz.

 

Fernanda Cabral — Foto: Reprodução/Redes sociais


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