Brasil
Pais de aluna negra vão à polícia após filha ser tampada em foto da escola
"É muito triste ver uma filha passar por isso", disse a mãe da garota, Elenita Ferrari. O caso aconteceu em Jundiaí (SP)

Publicado em 24/11/2020 21:52

Foto/Reprodução


Pais de uma menina negra, de apenas 10 anos, ficaram revoltados após a imagem da criança ter sido tampada em uma uma publicação do colégio onde estuda, em Jundiaí (SP). “É muito triste ver uma filha passar por isso”, disse a mãe da garota, Elenita Ferrari.

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As informações são do Uol.

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A fotografia foi feita pela escola, antes da pandemia de Covid-19. Em imagens que circulam pela internet é possível perceber que a garota, V.F.J, e três alunas brancas aparecem na foto. Porém uma montagem foi feita e a criança negra foi tampada com uma frase de Paulo Freire.

Após esse episódio, a mãe ligou para a coordenadora da escola e pediu a foto original, que foi repostada no lugar da que V.F.J. foi tampada.

A advogada da família, Silene Regatieiri, afirma que a postagem foi publicada no Instagram da escola e foi vista pela própria criança na sexta-feira (20/11), Dia da Consciência Negra. A garota teria ficado muito triste e dito aos pais que havia sido “excluída” pelo colégio.

 

Os pais da criança afirmam que estão tentando não demonstrar perto de V.F.J. que estão tristes, mas a menina passou a ter comportamento introvertido e tem medo de ficar sozinha.

A mãe desabafa: “É muito triste você ver uma filha passar por isso, principalmente em uma instituição na qual ela já está há algum tempo e que deveria protegê-la. Eu e o pai estamos tentando não demonstrar isso para ela. Mas ela está se sentindo insegura. Não quer ficar sozinha. Muito ao contrário da pessoa que era”.

A defesa da família também ressalta que o comportamento da menina, que era expansivo e extrovertido, deu lugar ao medo. A advogada diz que a criança tem medo de que a situação se repita e que ela esteja longe da família para ampará-la. “Por mais que falem em um padrão de edição, não tiveram o mínimo de sensibilidade e cuidado, como se a aluna fosse apenas mais um número. A ideia da escola é unificar, não dividir. O pior de tudo que fica são os danos psicológicos na criança”, afirma Silene Regatieiri

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