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Foto/Reprodução

Da Folha Vitória - O pai da jovem Beatriz Estalote Scalzer, de 21 anos, que teve o corpo qu€imado pela própria mãe, Ana Paula Travassos, de 46 anos, na noite deste domingo (04), comentou a morte da filha. À reportagem da TV Vitória, nesta terça-feira (06), o pedreiro, Valmecir Carlos Scalzer, disse ter sentido um “misto de tristeza e ódio”.

Valmecir esteve junto à família na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória para fazer a liberação do corpo da filha. Todos os parentes estavam visivelmente abatidos. 

O pai da vítima contou que chegou de São Gabriel da Palha nesta segunda (05), e só então foi informado sobre a morte da filha. Para ele, foi um golpe forte, já que ainda alimentava esperanças de encontrá-la viva.

"É uma coisa que eu não tenho como explicar, só um pai para entender o que eu estou passando agora e não tenho muito o que dizer. Só peço: uma mãe que estiver com raiva do filho, entrega para o pai ou para um parente. Não faça a mesma coisa que a minha ex-mulher fez com a minha filha. Ela tirou metade da minha filha. Além da tristeza, morrendo de ódio. Tento pensar em outra coisa e não sai da minha cabeça", afirmou.

Entenda

A jovem de 21 anos, Beatriz Estalote Scalzera, que teve o corpo qu€im@do pela própria mãe, Ana Paula Travassos, de 46 anos, na noite deste domingo (04), teve a morte confirmada pela Polícia Civil na tarde desta segunda-feira (05).

Ana Paula foi presa em flagrante na mesma data, por volta das 23h30, em São Gabriel da Palha, ao Noroeste do Espírito Santo. Com a chegada da Polícia Militar ao local, o Samu já prestava atendimento à jovem, que tinha qu€imaduras por todo o corpo.

A agr€ssora foi encontrada em uma residência próxima, no bairro Asa Branca. Segundo ela, ao ter chegado em casa, viu a filha acompanhada de um homem, o que a desagradou. Neste momento, as duas passaram a discutir. Sentindo-se ofendida, a mãe jogou álcool no corpo da filha e em seguida at€ou fogo, causando qu€imaduras por todo corpo, membros e cabeça.

Segundo informações obtidas por meio de boletim de ocorrência a que a reportagem teve acesso, a vítima foi inicialmente encaminhada ao hospital, onde acabou morrendo, e a suspeita foi conduzida à 17ª Delegacia Regional de Nova Venécia.

Questionada, a Polícia Civil confirmou que a mulher foi conduzida à delegacia, onde foi autuada em flagrante por “tentativa de homi,cídio qualificada com emprego de fogo, tortura ou outro meio insidioso ou cru€l, ou de que possa resultar perigo comum”, crime que deve mudar para homicídio consumado. Ela foi então encaminhada ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Mateus.