Foto/Reprodução
Do G1 - A jovem Camila Maria Barbosa, de 27 anos, indiciada pela Polícia Civil por fingir ter câncer para aplicar golpes, enganou ex-namorados e ex-sogras, que, inclusive, fizeram as maiores doações para as campanhas dela, segundo a investigação do delegado Fernando Gontijo, em Morrinhos, no sul de Goiás.
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Camilla gravou vídeos raspando o próprio cabelo para fazer campanhas e rifas a fim de arrecadar dinheiro para pagar o suposto tratamento oncológico.
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"Algumas vítimas compareceram à delegacia e registraram ocorrência, geralmente pessoas próximas a ela, como ex-namorados e ex-sogras, e que tiveram maior contato com a autora e realizaram doações de maior vulto econômico [maior valor]", revelou o delegado.
O Hospital Araújo Jorge, que é referência em tratamento contra câncer no estado, e fica em Goiânia, foi usado por Camila para fazer fotos e vídeos deitada em macas da sessão de quimioterapia. A unidade disse por meio de nota que ela nunca foi paciente que foi retirada do local em algumas ocasiões ao ser flagrada sem autorização.
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A jovem disse à polícia quando foi intimada para depor que tinha câncer de mama, mas não apresentou nenhum exame ou relatório médico que comprovasse a doença.
O advogado que defende Camila na investigação disse que não irá se pronunciar sobre o caso.
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Jovem Camilla Maria Barbosa dos Santos é suspeita de fingir ter câncer e aplicar golpes em Morrinhos, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil
Hospital nega que ela foi paciente
O Hospital Araújo Jorge informou à Polícia Civil, em um documento, que Camilla nunca foi paciente da unidade. O hospital disse ainda que funcionários já viram a mulher várias vezes no local, onde foi flagrada tirando fotos em uma maca no Setor de Quimioterapia e usando cartão de identificação interno do hospital em nome de terceiros.
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Após essas situações se repetirem, os funcionários teriam começado a retirar a jovem do interior do hospital.
Em nota ao g1, o Hospital Araújo Jorge afirmou que nunca teve uma paciente com o mesmo nome dela. Durante consulta no sistema da unidade, o hospital disse que "nada foi encontrado, nem prontuário, tão pouco registros de procedimento". Além disso, o Araújo Jorge informou também que não foi encontrada regulação da mulher no Sistema Único de Saúde (SUS), convênios ou como entrada como paciente particular.