Incêndio começou na cozinha de apartamento em Americana (Imagem: Bombeiros)
Do Pragmentismo Politico - Tassia Caroline Pacheco Leão, de 36 anos, faleceu no último sábado (20) após sofrer queimaduras causadas por um incêndio ocorrido em 12 de agosto. O caso ocorreu em um apartamento do condomínio localizado no Parque Gramado, em Americana, interior de São Paulo.
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Segundo informações da Polícia Militar, Tassia pediu água ao marido, Warley de Oliveira Leão, de 35 anos, enquanto cozinhava. Ele, por engano, se aproximou com o galão de álcool em vez de água de uma panela sobre fogo, o que ocasionou em uma explosão seguida de um incêndio no apartamento onde moram.
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O casal foi inicialmente socorrido ao Hospital Municipal de Americana. Tássia permaneceu sete dias internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, com 90% do corpo queimado e o óbito foi confirmado no domingo (21) pela Secretaria de Segurança de São Paulo (SSP). A mulher foi sepultada no período da tarde no Cemitério Alphacampus, em Jandira (SP).
Tassia estava grávida de 26 semanas do seu segundo filho. O bebê morreu na manhã seguinte ao incêndio, no sábado (13). A filha do casal, de 6 anos, sofreu leves queimaduras e está sob cuidados da avó paterna.
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Já Warley teve pelo menos 60% do corpo queimado, segundo o Corpo de Bombeiros, e foi transferido ao Centro de Tratamento de Queimaduras do Hospital Irmãos Penteado – Santa Casa de Campinas (SP), unidade referência em tratamento de queimaduras, onde permanece internado.
“Ele fez de tudo para salvar minha irmã e a filha deles. Uma tragédia”
Em entrevista ao g1, a promotora de eventos Karen Pacheco, irmã de Tássia, reforçou que o caso foi um acidente e que o cunhado se feriu ao salvar a sobrinha de 6 anos e tentar ajudar a esposa.
“A gente está sofrendo muito. Minha sobrinha contou que ele carregou ela no colo, e depois a minha irmã pegando fogo. Ele se queimou, abraçou, tentava tirar o fogo […] Ele está lutando pela vida e a gente torce pela recuperação dele”, ressaltou Karen.
Karen explicou que o cunhado já passou por uma cirurgia, e deve ser submetido a outros dois procedimentos médicos.
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“Ele amava muito ela, nunca cogitou possibilidade de viver longe. A situação é bem crítica, a mãe dele está arrasada. Nós também, mas precisamos ser fortes pela minha sobrinha”, frisou Karen.
De acordo com ela, o casal estava junto há dez anos e vivia a expectativa da chegada do bebê. “Eles planejaram a gravidez, estavam felizes pelo menino. Eram muito família”, ressaltou a promotora.
Vizinho relatou o que assistiu
Em reportagem exclusiva do Portal Atualidade, um vizinho, que pediu para não ser identificado, detalhou o que realmente aconteceu naquela noite.
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Segundo o homem, que foi um dos primeiros a entrar no apartamento para socorrer o casal, Warley tem um carro antigo e, neste dia, encheu num posto de combustível um galão de água com etanol. Com receio de deixar o combustível dentro do carro, ele levou o galão para o apartamento, onde havia outros dois galões com o mesmo rótulo, mas com água dentro.
De acordo com o vizinho, Tassia costumava cozinhar com a água mineral armazenada nos galões. No momento do acidente ela estava na pia da cozinha e pediu ao marido para colocar água no arroz. Porém, ele pegou o galão errado, e despejou etanol diretamente na panela que estava no fogo.
Ainda segundo relato do vizinho, na hora do acidente os corpos do marido e da mulher ficaram em chamas e alguns eletrodomésticos que estavam perto derreteram, mas o apartamento não pegou fogo. Ele contou, ainda, que ele e outro vizinho, que são brigadistas, utilizaram extintores de incêndio existentes no prédio antes de entrar no apartamento, com receio que existisse algum vazamento.
“Depois que jogamos os extintores com pó químico, entramos no apartamento e colocamos toalhas molhadas para aliviar a dor deles. Todos os moradores do condomínio, a portaria, e nós, brigadistas, fizemos tudo que foi possível. Conseguimos controlar o fogo antes da chegada dos bombeiros. Estamos muito tristes com o ocorrido, era família muito tranquila e super discreta”, lembrou.