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Gêmeos nascem empelicados e em bolsas separadas em caso raro no Rio
Os irmãos vieram ao mundo no último dia do mês de outubro em um hospital em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio

Publicado em 16/11/2021 10:09

Foto/Reprodução


Do G1 - Após nove meses esperando e se preparando para a chegada dos filhos gêmeos, Beatriz Santos foi surpreendida na hora do parto: os bebês Théo e Gael nasceram empelicados. Esse tipo de parto ocorre quando o bebê nasce dentro da bolsa amniótica, ou seja, ela não se rompe antes do nascimento. Ela teve ainda uma outra surpresa, os irmãos nasceram em bolsas amnióticas separadas e intactas.

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Os irmãos vieram ao mundo no último dia do mês de outubro em um hospital em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio. Beatriz, que já é mãe de Davi Lucas, de 8 anos, conta que os gêmeos foram um ‘susto’.

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“Há 2 anos fiz uma abdominoplastia [cirurgia plástica no abdômen] , e há 8 meses que fiz redução dos seios, então não imaginava engravidar. Mas quando descobri a gestação, parece que senti que seriam gêmeos. Eu não imaginava que nasceriam dentro da bolsa, foi muito emocionante”, conta.

O parto foi uma cesariana e agendado. Quem nasceu primeiro foi Gael, às 13h32 e com 2,35 kg e dois minutos depois chegou o Théo com 2,63 kg.

O nascimento dos irmãos foi registrado por Juliana Pereira, que trabalha com fotografia de partos desde 2019. Ela diz que todos ficaram empolgados com o momento e que estava muito concentrada para conseguir registrar o melhor clique.

“Já tinha fotografado um parto empelicado no ano passado. Mas foi bem diferente dessa vez, por serem os dois bebês. Fiquei super feliz! Fotografar partos é sempre emocionante. Mas nesse caso, por ser uma situação rara, em um parto gemelar, foi ainda mais especial”, revela Juliana.

VEJA VIDEO E FOTOS do parto direto do G1

Parto empelicado

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O ginecologista, obstetra e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro, Dr. Gabriel Monteiro, conta que o parto empelicado é um fenômeno bonito e muito raro na obstetrícia.

Ele explica que o bebê no útero é envolvido pela bolsa amniótica, que é formada por uma película fina, porém resistentes. Nas gestações gemelares pode haver uma ou duas bolsas – no caso da foto, há duas bolsas. Cerca de 10% das mulheres têm a ruptura repentina de bolsa – como nas cenas de filmes e novelas, em que a bolsa estoura e a futura mamãe corre para a maternidade.

“No entanto, na maioria dos casos, a bolsa se rompe durante o trabalho de parto. Em casos raríssimos, estima-se que ocorre 1 a cada 80 mil, ocorre o parto empelicado, em que a membrana não se rompe e o bebê nasce envolto da membrana que o manteve imerso em líquido amniótico durante toda a gestação. É bonito pois podemos ver o bebê após o nascimento como ele fica dentro da barriga da mamãe. Tal parto não oferece riscos para mãe ou para o recém-nascido”, conclui.

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Tanto a mãe quanto os gêmeos estão bem e em casa.


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