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Esporotricose: doença transmitida por gato está descontrolada, diz médico; veja sintomas
Doença causada por um fungo pode afetar tanto humanos quanto animais

Publicado em 18/10/2023 16:33

Foto/Reprodução


Causada quando um fungo do gênero Sporothrix entra no organismo através de uma ferida na pele, a esporotricose humana, uma micose subcutânea que pode afetar tanto humanos quanto animais, ocorre, principalmente, pelo contato do fungo com a pele ou mucosa por meio de acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira, contato com vegetais em decomposição ou arranhões ou mordidas de animais doentes, sendo o gato o mais comum.
 
À Folha de S. Paulo, o infectologista Flávio Telles, coordenador do Comitê de Micologia da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e professor do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Paraná, alertou para o avanço da doença em alguns estados do Brasil. Segundo o especialista, a zoonose segue descontrolada.
 
Quais são os sintomas da esporotricose humana?
 
O desenvolvimento da lesão inicial naqueles contaminados pelo fungo causador da esporotricose humana é similar a uma picada de inseto, podendo evoluir para cura espontânea. 
 
Em casos mais graves, por exemplo, quando o fungo afeta os pulmões, os sintomas se assemelham aos da tuberculose e é possível que os portadores da doença experimentem tosse, falta de ardor ao respirar e febre
 
O fungo também pode afetar os ossos e articulações, se manifestando como inchaço e dor nos movimentos, semelhantes ao de uma artrite infecciosa
 
As formas clínicas da doença dependem de fatores como o estado imunológico do indivíduo e a profundidade da lesão. O período de incubação varia de uma semana a um mês, podendo chegar a seis meses após a entrada do fungo no organismo humano.
 
Como prevenir a esporotricose humana?
 
A principal medida de prevenção e controle contra a esporotricose humana é evitar a exposição direta ao fungo. Para isso, deve-se usar luvas e roupas de mangas longas em atividades que envolvam o manuseio de material proveniente do solo e plantas, assim como calçados em trabalhos rurais. 
 
Além disso, toda e qualquer manipulação de animais doentes pelos seus donos e veterinários deve ser feita com o uso de equipamentos de proteção individual (EPI)
 
Os bichos com suspeita da doença não devem ser abandonados, assim como o animal morto não deve ser jogado no lixo ou enterrado em terrenos baldios, uma vez que isso manterá a contaminação do solo. O sugerido é que seus corpos sejam cremados, minimizando a contaminação do meio ambiente e, assim, interrompendo o ciclo da doença.
 
Aqueles com lesões suspeitas de esporotricose devem procurar atendimento médico, preferencialmente um dermatologista ou infectologista, para investigação, diagnóstico e tratamento.


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