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Entenda por que a varíola dos macacos tem afetado principalmente homossexuais e bissexuais
Doença pode atingir pessoas de qualquer orientação sexual; segundo a OMS, vírus pode primeiro ter se espalhado nessa população por causa de redes sexuais interconectadas

Publicado em 27/07/2022 20:08

Foto/Reprodução


Da CNN - Desde maio de 2022, casos de varíola dos macacos têm sido relatados em diversos países onde a doença não é endêmica. A maioria dos pacientes confirmados com histórico de viagens relatou passagens por países da Europa e da América do Norte, em vez da África Ocidental ou Central, onde o vírus é endêmico.

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Pela primeira vez, um número expressivo de casos surge simultaneamente em países não endêmicos em áreas geográficas muito distantes. De acordo com levantamento realizado pela CNN, ao menos 64 países confirmaram casos da doença.

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No sábado (23), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o atual surto constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). “Temos um surto que se espalhou rapidamente pelo mundo, por meio de novos modos de transmissão, sobre os quais entendemos muito pouco e que atendem aos critérios do Regulamento Sanitário Internacional”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.

No Brasil, já foram confirmados mais de 800 casos da doença, de acordo com o Ministério da Saúde. Os casos foram registrados em São Paulo (595), no Rio de Janeiro (109), em Minas Gerais (42), no Distrito Federal (13), no Paraná (19), no Goiás (16), na Bahia (3), no Ceará (2), no Rio Grande do Sul (3), no Rio Grande do Norte (2), no Espírito Santo (2), em Pernambuco (3), em Mato Grosso do Sul (1) e em Santa Catarina (3).

A OMS afirma que a maior parte dos casos notificados foi identificada por meio de serviços de saúde s€xual ou em unidades de saúde primária ou secundária, envolvendo principalmente, mas não exclusivamente, homens que fazem sexo com homens.

A terminologia “homens que fazem sexo com homens”, também chamada HSH, é uma classificação técnica adotada na área da saúde que inclui homossexuais, bissexuais e pessoas que não se identificam com alguma dessas orientações.

Desde o início do surto, médicos e cientistas de diversos países buscam respostas para explicar por que o vírus tem conseguido, pela primeira vez, se espalhar de forma significativa fora da África e por quais os motivos ele tem afetado principalmente os homens que fazem sexo com homens.

Entre as hipóteses discutidas pela comunidade científica está a possibilidade de o vírus ter entrado em circulação em redes sexuais interconectadas na comunidade HSH, de onde está se espalhando de maneira mais eficiente.

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“Com base nos relatos de casos até o momento, esse surto está sendo transmitido por meio de redes sociais conectadas principalmente por meio de atividade sexual, envolvendo principalmente homens que fazem sexo com homens. Muitos – mas não todos os casos – relatam parceiros sexuais casuais ou múltiplos, às vezes associados a grandes eventos ou festas”, disse Hans Henri P. Kluge, diretor regional da OMS para a Europa.


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