Brasil
‘Ele não conseguia nem andar’, diz namorada de fisiculturista de 25 anos vítima de câncer raro
João Vitor não resistiu à agressividade da doença e veio a óbito aos 25 anos, um mês após o diagnóstico

Publicado em 22/09/2023 07:19

Foto/Reprodução


Do ND+ - Aos 25 anos, João Vitor Neves Machado de Queiroz descobriu um câncer raro e morreu cerca de um mês depois. Morador de Criciúma, o fisiculturista veio a óbito na madrugada da última terça-feira (19), no Sul do Estado.

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Fisiculturista não resistiu à gravidade do câncer
João Vitor praticava fisiculturismo e há cerca de quatro meses começou a sentir dores intensas. – Foto: Reprodução/Redes Sociais/ND

O jovem descobriu um câncer chamado coriocarcinoma, considerado raro em homens, no mês de agosto. Desde então, o fisiculturista estava em tratamento. No entanto, devido à aggressividade da doença, não resistiu e morreu.

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Pontadas e fisgadas fortes

A namorada do fisiculturista, Sarah Torquato, relembra que os primeiros sintomas da doença iniciaram há quatro meses. “Ele acordava com pontadas e fisgadas intensas durante a madrugada. Porém, elas começaram a ter constância até quando ele sentava”, detalha.

O primeiro diagnóstico apontava apenas dores musculares. “Como eu e ele somos atletas de fisiculturismo, a gente sabe o que é e o que não é. Mas relevamos. Depois, as pontadas voltaram por um certo tempo e, após um mês, estagnaram”, relembra Sarah.

"Ele não conseguia nem andar, nem trabalhar”

Os sintomas ficaram mais intensos com o passar do tempo. “Ele começou a sentir falta de ar, tosses, não conseguia nem andar, nem trabalhar. Estava muito complicado”, afirma a namorada.

Após buscar um oncologista e fazer a biópsia, o resultado veio: maligno. “Todo a dia a gente acordava e não dava para acreditar. Mas ainda havia muita esperança pelo João ser novo e forte. Cuidávamos da alimentação, mas esse tumor é muito raro e violento”, enfatiza Sarah.

O rapaz chegou a passar por uma cirurgia, ficou internado, teve alta, mas precisou voltar ao atendimento. Na madrugada da última terça-feira, no hospital, a namorada conta que a falta de ar ficou ainda mais intensa e que após uma parada cardíaca, ele não resistiu.

Incrível, contagiante e reservado

“O João era incrível, reservado, caseiro, não saíamos… Nossa diversão era sair do trabalho e treinar. Nossos melhores momentos eram em casa, vendo série”, relembra a namorada. “Eu ficava impressionada como ele sabia lidar com as pessoas. Era um cara que contagiava. Tinha uma inocência de criança e uma educação incrível”, completa.

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Sobre o coriocarcinoma

O câncer coriocarcinoma é considerado raro e agressivo em homens. Entre os principais sintomas estão: dores na lombar, dificuldade respiratória, vômitos e emagrecimento. A doença costuma se disseminar rapidamente, atingindo outros órgãos.

No caso de João Vitor, o câncer se desenvolveu entre os pulmões, mas nas últimas semanas já havia atingido os rins e o fígado.


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