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Arcebispo afasta padre que tinha relações íntimas com enfermeiro em Instituto Bíblico de Brasilia
O arcebispo de Brasília, dom Paulo Cezar Costa, diz ser contrário à permanência do padre no território da Arquidiocese de Brasília

Publicado em 22/06/2022 15:50

Foto/Reprodução


A  Arquidiocese de Brasília encerrou as atividades do Instituto Bíblico, na Asa Norte, após tomar conhecimento de que o padre Brás Costa (foto em destaque) mantinha relações s€xuais com um enfermeiro que prestava serviços à instituição.

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O arcebispo de Brasília, dom Paulo Cezar Costa, reforçou, em nota, que sua “decisão é contrária à permanência do padre Brás no território da Arquidiocese de Brasília”.

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O caso veio à tona depois que o enfermeiro entregou dossiê para a Arquidiocese com fotos, vídeos e conversas de WhatsApp revelando que o padre usava o local sagrado como motel.

Apesar de o caso não configurar crime no Código Penal Brasileiro, a prática fere o Código de Direito Canônico da Igreja Católica e abala a confiança dos fiéis que acompanhavam as missas celebradas pelo sacerdote.

Após a denúncia, o arcebispo destacou que o padre Brás não faz parte do Clero de Brasília; por isso, pediu ao bispo da Diocese de Lugano, na Suíça, que tome providências “pela situação canônica e religiosa”. Tal medida justifica-se devido ao fato de Brás Costa ter sido ordenado padre no país europeu.

Além disso, a Arquidiocese informa ter acolhido e ouvido as declarações do denunciante, mas recomendou que ele procurasse a Justiça para sanar o dano, pois a lesão “foge da jurisdição canônica da igreja”.

Chantagem

Coação, ameaças e a garantia de emprego em troca de transas profanas movimentavam a rede s€xual mantida dentro do instituto entre 2019 e 2021, segundo um ex-funcionário revelou à reportagem. O enfermeiro relatou que começou a ser “agradado” por Brás Costa, então conselheiro e professor de hebraico e latim da unidade durante esse período. O Instituto Bíblico encerrou suas atividades no último dia 12 e, desde então, o religioso exercia suas funções eclesiásticas numa paróquia do Riacho Fundo.

profissional de saúde contou que as primeiras abordagens vinham acompanhadas de elogios ao seu corpo atlético, além de apalpadas nos braços, nas nádegas e até no p,ênis dele. “Além do padre Brás, quase todos os seminaristas do instituto sabiam e muitos participavam das sessões de s€xo. Eu acabei cedendo às investidas”, disse o rapaz, que é bissexual.

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De acordo com o enfermeiro, havia uma espécie de pressão para que ele cedesse aos joguetes sexuais conduzidos pelo religioso. “Ficava muito claro que eu poderia perder o meu emprego caso não aceitasse. Acabei mantendo relações sexuais com esse padre durante dois anos. Isso acabou com a minha vida: tive depressão e até tentei suicídio”, relatou.

Ele ainda revelou que não havia dia nem hora para realizar os desejos sexuais do clérigo. As trans@s ocorriam dentro dos quartos, nos banheiros, corredores e até depois da celebração de missas, sempre dentro do prédio cristão. “Tudo era combinado pelo WhatsApp e, em alguns momentos, eu recebia dinheiro do padre Brás.”


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