Brasil
Agricultora é achada morta, sem roupas e com cabeça mergulhada em caixa d'água
Segundo o movimento, a Dona Neura, como era carinhosamente conhecida no assentamento, foi vítima de feminicídio

Publicado em 14/09/2022 11:48

Foto/Reprodução


Do G1 - A agricultora Neurice Torres, de 53 anos, foi achada morta semi,nu@ e com cabeça mergulhada em uma caixa d'água no assentamento rural Dom Roriz, onde movara em Minaçu, no norte de Goiás, segundo a Polícia Civil.

- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -

O delegado Járder Bruno de Sousa Vieira investiga as circunstâncias da morte. "As investigações apontam o ex-marido como sendo o suspeito do crime, o qual, após tomar conhecimento da localização do corpo pela polícia, está foragido até o momento", comentou.

- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -

O crime aconteceu na madrugada de domingo (11). O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra de Goiás (MST) lamentou a morta da agricultora, que era membro da entidade.

 Segundo o movimento, a Dona Neura, como era carinhosamente conhecida no assentamento, foi vítima de feminicídio.

"Dona Neura era um exemplo de dedicação e amor com a terra e uma grande defensora da agroecologia. Era uma guardiã do Cerrado e possuía uma presença no MST que inspirava a todos. Um de seus maiores orgulhos era que todos seus filhos estão estudando graças à luta popular", diz a nota.

Os três filhos de Neurice Torres estudam agronomia e medicina veterinária, segundo o MST.

Neurice Torres, de 53 anos, foi achada morta em assentamento rural em Minaçu, em Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Neurice Torres, de 53 anos, foi achada morta em assentamento rural em Minaçu, em Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Comissão Pastoral da Terra também lamentou a morte da agricultora em nota. A direção disse que esteve com Neurice no último sábado (10) apresentando frutos cultivados no assentamento na Festa de Cerrado.

- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -

"Nossa companheira Neura nos deixa o testemunho de luta, de alegria e de justiça para os empobrecidos que atuam para conquistar e permanecer na terra. A violência que a levou atingiu todas nós, mulheres em luta, e não podemos permitir que o machismo mate a alegria do povo", lamentou a pastoral da terra.


COMPARTILHAR NO WHATSAPP