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Fim da Ford Brasil: como ficam os donos dos carros agora?
Especialistas esclarecem se há implicações para donos de veículos da Ford após montadora fechar fábricas no País; desvalorização é temor

Publicado em 12/01/2021 16:03

Foto/Reprodução


Jornal do Carro/Estadão - Recentemente, a Ford completou um século de Brasil. Porém, ao invés de comemoração, a marca vem amargando derrota atrás de derrota desde 2019, quando fechou a planta de São Bernardo do Campo (SP). Agora, nesta segunda-feira (11), foi anunciado o fim da produção nacional, com o fechamento das unidades de Camaçari (BA), Taubaté (SP) e da fábrica da Troller (CE).

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A alegação são as perdas significativas acumuladas por questões como pandemia, capacidade ociosa e redução de vendas.

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Apesar de demitir cerca de 5.000 empregados, a gigante do oval azul promete manter importantes setores como engenharia e o Campo de Provas de Tatuí (SP), além de continuar com as vendas de carros, porém, importados.

Mas fica a pergunta: “O fim da produção de EcoSport, Ka, Ka Sedan e Troller T4 pode afetar o consumidor?” 

A marca garante em nota que não. “A Ford estará ativamente presente no Brasil com sua rede de concessionários e continuará honrando a garantia de seus veículos, oferecendo assistência total ao consumidor com operações de vendas, serviços, peças de reposição, normalmente, após a garantia”. Os modelos continuam em vendas até que durem os estoques.

Consumidor Ford teme desvalorização

Mas os consumidores estão com medo.

A contadora Marina Ventura comprou um Ford EcoSport há duas semanas. “Achei a compra perfeita. Me atendia em todos os requisitos, principalmente, economia. Mas, agora, com essa notícia (do fechamento das fábricas da Ford no País), acredito que todo o meu investimento vá por água abaixo. O que faço?”, questiona.

 

Já para Jéssica Lemos, que após meses de pesquisa, pegou seu Ka em setembro último, afirma que está super feliz com o carro, porém, agora preocupa-se com a saída da Ford. “Tenho medo do aumento da desvalorização, falta de peças e dificuldade para a realização de revisões, sem contar a possibilidade de elevação no preço do seguro. Será que pode haver alteração?”, questiona.

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Respostas

Em resposta às dúvidas destas e de tantos outros consumidores, o consultor automotivo Paulo Garbossa, da ADK Automotive, esclarece que nada muda. Ele argumenta que o consumidor é a parte menos afetada nessa história. “Quem, realmente, perde com o fechamento das atividades nas fábricas da Ford é a economia do Brasil, principalmente, com a perda de milhares de empregos diretos e indiretos que isso vai causar”.


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