
Foto/Reprodução
Do Terra - Michel Faro Praddo é um tatuador que ficou conhecido como Diabão nas redes sociais. Ele é famoso por suas inúmeras tatuagens pelo corpo - inclusive no rosto - e, principalmente, por já ter realizado mais de 60 tipos diferentes de modificações corporais. E a última delas foi a retirada das duas orelhas.
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Em seu Instagram, Diabão fez uma postagem mostrando o resultado do procedimento e agradecendo um amigo que o ajudou. "Obrigado pelo presente", disse o tatuador.
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Rapidamente, os seguidores de Diabão começaram a compartilhar suas dúvidas sobre a retirada das orelhas. Afinal, quais os riscos desse tipo de cirurgia? Ele consegue ouvir?
Entenda o que é a retirada das orelhas clinicamente
Não se sabe ao certo como foi realizado o procedimento no corpo de Diabão. No entanto, de acordo com o Dr. Fernão Bevilacqua, otorrinolaringologista do Hospital Albert Sabin (HAS), em São Paulo, membro da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e da Academia Brasileira de Audiologia, esse tipo de procedimento costuma ser realizado apenas em pacientes com doenças oncológicas.
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"Ou seja, um paciente que tenha um câncer, que necessite realizar um procedimento no crânio por algum tumor. Nós retiramos o pavilhão auricular [região externa das orelhas] para que o paciente tenha sobrevida, algo que possa trazer saúde ao paciente. Jamais devemos realizar a retirada do pavilhão auricular por estética", completa o médico.
Assim como qualquer procedimento cirúrgico, existem riscos relacionados com a anestesia - que costuma ser geral para esse caso - e chances de ocorrer alguma infecção ou inflamação. "Existem bactérias, fungos e vírus que estão, normalmente, colonizando a nossa pele e o nosso conduto", revela o Dr. Bevilacqua.
Paciente consegue ouvir, mas a audição fica comprometida
O procedimento não impede o paciente de ouvir. No entanto, a qualidade da audição tende a ficar comprometida. De acordo com o otorrino, nós conseguimos ouvir por meio de duas vias: a óssea e a aérea. "Quando nós tiramos o pavilhão e fica só um buraquinho do ouvido, nós temos um prejuízo na captação, na localização sonora e na amplificação" explica o médico.
Isso significa que a retirada das orelhas não deixa o paciente surdo, mas causa um dano significativo para a audição. Por fim, o Dr. Bevilacqua reforça que esse tipo de procedimento não deve ser realizado por estética. "A indicação cirúrgica é sempre para reconstruir a orelha, trazer mais saúde para o paciente e não menos saúde", finaliza.
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