Brasil
Estudante morreu fazendo o que mais gostava: curtindo funk
Luara ainda não havia conseguido arrumar nenhum emprego e se dedicava apenas aos estudos

Publicado em 03/12/2019 09:37

Foto/Reprodução


Do R7 - A estudante Luara Victoria, 18 anos, saiu do Jardim Primavera, na região do Grajaú (periferia da zona sul de São Paulo), no sábado (1º) a noite para fazer uma das coisas que mais gostava: curtir um funk.

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Ela foi uma das vítimas do pisoteamento que terminou com nove mortos no Baile da Dz7, na favela do Paraisópolis (zona sul), na madrugada de domingo (2).

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De acordo com um familiar da vítima, que prefere não ser identificado, a menina gostava de ir em bailes e em tabacarias, sempre em busca de ouvir funk. Ela já havia ido outras vezes no baile de Paraisópolis, mas não era com frequência.

A menina cresceu com o pai na casa dos avós. O apoio dos familiares se tornou mais necessário nos últimos cinco anos. Neste período, ela perdeu o pai e a mãe.

Luara ainda não havia conseguido arrumar nenhum emprego e se dedicava apenas aos estudos. Ela era aluno de uma escola estadual que fica em um bairro vizinho ao que ela residia.

O familiar afirma que ela recebia conselhos para diminuir as idas para os bailes funk e se dedicar mais na procura de emprego.

Além de Luara, morreram Mateus dos Santos, Eduardo Silva, Gabriel Rogério de Moraes, Denys Henrique, Bruno Gabriel, Dennys Guilherme, Gustavo Cruz Xavier e Marcos Paulo Oliveira. Eles tinham entre 14 a 22 anos.

Os jovens morreram pisoteados após seis policiais militares da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) entrarem no meio do baile atrás de supostos motociclistas que teriam atirado contra a PM.

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A Polícia Militar afirma ainda que, quando os policiais se aproximaram dos frequentadores do Baile da Dz7, foram atacados com latas, garrafas e pedras. Os PMs, então, usaram munições químicas para dispersar a multidão. Neste momento começou a confusão que terminou com as mortes.

Vídeos que o R7 teve acesso mostram diversos cenas de agressões cometidas por policiais militares. Não há nenhum registro de ataques aos policiais militares. Os vídeos serão anexados nos inquéritos das polícias Civil e Militar para apurar se foram mesmo gravados na madrugada de domingo.


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