Brasil
Advogado afirma que modelo presa por tráfico de drogas está arrependida e deseja mudar de vida

Publicado em 02/08/2020 09:36 - Atualizado em 02/08/2020 09:36

Foto/Reprodução


Fabrício Martins atua com Flávia desde que ela tinha 18 anos e é amigo pessoal da modelo. Em relação as acusações de tráfico de drogas, o advogado afirmou ter tido acesso ao inquérito somente na última quarta-feira (29). "Existiram muitas escutas telefônicas e eu preciso ouvir da Flávia sobre o que realmente aconteceu. Até o momento, a gente não tinha prova concreta que ela estava fazendo tráfico de drogas", relatou o advogado.

O advogado alega que Flávia era vigiada pela polícia do Distrito Federal há dois anos e que em uma conversa por telefone ela mencionou que iria sair do país. De acordo com ele, o aparelho estaria grampeado, e isso desencadeou a operação que resultou na prisão da modelo. "Ela estava sofrendo ameaça de um cliente que falou que iria denunciá-la e falou, em tom de brincadeira, que se saísse algum mandado de prisão, fugiria do país", afirmou.

Fabrício negou também a versão da Polícia Civil de que a modelo estava no Espírito Santo captando clientes para programas sexuais de luxo. "Não veio e já apresentei à polícia as conversas com o fotógrafo. O trabalho fica pronto hoje, são mais de 50 fotos, vídeo de bastidores. Essa alegação da polícia não procede", disse o advogado.

O advogado afirmou que a modelo está arrependida e de que pretende mudar de vida quando sair da cadeia. "Ela já sabia que estava em risco e chega um momento que não dá pra correr. Ela quer mostrar a realidade para todas as garotas que estão nesse mundo e que possam repensar as atitudes", completou Fabrício.

Prisão

A rede de prostituição e distribuição de drogas da qual a modelo é suspeita de participação está sendo investigada pela Polícia Civil do Distrito Federal. Segundo as investigações, a quadrilha vendia entorpecentes aos clientes que contratavam os serviços das garotas de programa.

"De acordo com levantamentos realizados pela Polícia Civil do Distrito Federal, a informação que nós temos é que ela fazia meio que um 'combo' de prostituição e venda de drogas, seja para consumo no momento da relação ou em momento posterior. Então ela funcionava, em um primeiro momento, como garota de programa, fornecendo drogas para essas pessoas que estavam contratando seus serviços, mas também há indícios de que ela também tivesse algo como tele-entrega de drogas na capital federal", frisou Corrêa.

No mês passado, a Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou a Operação Rede, para combater essa rede de distribuição de drogas. Na ocasião, foram cumpridos 37 mandados de prisão e de busca e apreensão.

Flávia tinha um mandado de prisão preventiva em aberto por tráfico de drogas e associação para o tráfico, expedido há cerca de um mês, pela 1ª Vara de Entorpecentes do DF. Ela não foi localizada durante a operação na capital federal. No entanto, a Polícia Civil do Distrito Federal descobriu que ela estava no Espírito Santo e entrou em contato com a PC capixaba, que acionou a 1ª Delegacia Regional de Vitória.


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