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Conheça cinco sinais que a sua pele dá de que você está estressado demais

Publicado em 28/04/2020 19:51

Foto/Reprodução


Metropoles - O coração descompassado e as noites insones não são os únicos alarmes de que é hora de desacelerar a vida. Conhecido como uma doença invisível, o estresse pode, sim, dar sinais bem nítidos de que o modo “automático” anda desregulado. Geralmente, na forma de espinhas fora de contexto, coceira, vermelhidão, o cabelo que cai aos tufos e você não tem ideia do motivo. É só a sua pele “transbordando” o que não vai bem do lado de dentro.

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“Doenças dermatológicas ligadas ao estresse são extremamente comuns. Podemos começar lembrando que, quando o embrião se forma no útero, é a mesma célula que dá origem à pele e ao sistema nervoso. Logo de cara vemos como eles estão ligados”, explica Cristina Salaro, dermatologista e pós-graduada pela escola de medicina de Harvard.

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Segundo a especialista, a maioria dos problemas de pele relacionados ao estresse tem a ver com o cortisol, também conhecido como o “hormônio do estresse”. Ele estimula as glândulas sebáceas e deixa a pele mais oleosa – gatilho para doenças como dermatite seborreica e acne em adultos, por exemplo. Outras patologias, de fundo genético, veem no estresse o gatilho perfeito. Como ele afeta o sistema imunológico, pode acabar abrindo a porta para agentes invasores causadores de várias doenças – inclusive as autoimunes, como a psoríase.

“Tem muita gente que quando aparece no consultório com algum sintoma, a gente já sabe”, comenta Salaro. “Para algumas pacientes eu digo: o que você precisa é de férias!”, brinca.

Confira alguns sinais da pele de que é hora de pisar no freio e respirar fundo:

1. Você tem coceira, vermelhidão e ressecamento excessivo:
As dermatites – inflamação da pele – são as doenças mais comuns na dermatologia. A pele fica irritada, aparecem placas vermelhas pelo corpo, sobretudo nos cotovelos e atrás dos joelhos, um ressecamento exagerado e coceira. A maioria tem origem genética, mas, segundo Cristina Salaro, embora a relação não tenha sido totalmente esclarecida, há um certo consenso entre os especialistas que o estresse pode servir de gatilho para a doença. Um dos motivos possíveis é que ele ativa os mastócitos, células da alergia, que liberam substâncias inflamatórias na pele.

2. Você já passou da adolescência há tempos, mas vive cheia de espinhas:
Acne tardia existe e é chamada também de “acne da mulher adulta”. O problema é mais comum do que parece. Até 50% das mulheres com mais de 30 anos sofrem com o problema. Culpa do cortisol, que ativa as glândulas sebáceas além da conta. Diferentemente dos adolescentes, ela aparece mais no terço inferior do rosto: pescoço, queixo e colo. Um dos tratamentos – além de férias – é com medicamentos que bloqueiam a ação hormonal na pele.

3. Você está, literalmente, perdendo os cabelos:
A alopécia areata deixa “buracos” pelo couro cabeludo, causados pela queda de cabelo súbita. Muito além da queda normal, que deixa lembranças pelos ralos dos chuveiros e escovas de cabelo. Ela pode ser causada por um trauma, que faz com que o corpo passe a produzir anticorpos contra o folículo piloso, ou ser desencadeada pelo estresse. O tratamento envolve aplicações de corticoide diretamente no couro cabeludo. Outro tipo é a alopécia seborreica, causada pela oleosidade excessiva.

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4. Suas roupas estão cheias de “pó” branco:
A caspa – também conhecida por dermatite seborreica – também tem relação com o excesso de oleosidade e pode ser desencadeada pelo estresse. Na maior parte das vezes, as vítimas são os homens. Além do couro cabeludo, ela pode aparecer ao redor do nariz, atrás da orelha e no tórax.

5. Aquela feridinha inconveniente nos lábios ou genitais:
Uma vez que você contrai o vírus da herpes, não tem mais volta. Ele fica inativo no organismo e “acorda” vez ou outra na forma de bolhas e feridas. Para isso, o vírus se aproveita de alguma fraqueza do sistema imunológico, que, por sua vez, pode ser causada pelo estresse. Quem sofre com o problema, geralmente, percebe as crises em épocas de maior ansiedade ou agitação. “Com noivas, por exemplo, já entramos com um antiherpético antes, para não correr o risco de aparecer no dia da festa”, comenta Salaro


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